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quarta-feira, 1 de junho de 2011

O tratamento XI

(Continuando). Encerrei o ano de 2.005 em condições favoráveis. em 2.006, minha consulta já ocorreu logo no primeiro mês, onde pela avaliação de minha jovem médica, me encontrava; "com boa aparência, menos ansioso, porém mais sonolento. Menos tenso, bem disposto." Não pensei leitores(as) que minha memória é infalível; as frases acima fazem parte do meu prontuário médico, portanto, estas palavras foram escritas por minha médicos. É um direito do paciente e uma obrigação legal do médico, seja de que área médica for. Portanto, quando estiver se tratado tenha plena consciência de que você paciente, têm direito ao prontuário médico - é Lei! Mas deixemos de lado e sigamos a meta que me interessa. É evidente que no tratamento da depressão, todos os pacientes, passaram por altos e baixos, mesmo utilizando corretamente a medicação. Porém o que ocorre com muita, mas muita frequência, e que o paciente depressivo, deixa de tomar a medicação indicada, acreditando já estar sanado o seu problema e aí, e daí, advém a recaída e de forma muito mais avassaladora do que a primeira crise depressiva. Não que tal fato tenha ocorrido comigo neste período, com exceção do que já narrei no inicio deste blog. Muitas das vezes, o médico (a) busca alternar medicamentos objetivando uma melhora para o paciente e foi assim em maio de 2.006, que mantive o meu primeiro contato com o chamado Clonozepan - nome mais conhecido comercialmente como Rivotril. Tive a medicação Tranquinal suspensa e em seu lugar o Rivotril que comecei a tomar apenas e tão somente trinta e cinco gotas diariamente. E, como estava trabalhando bastante, o ano transcorreu com tranquilidade e em face de haver me aprofundado nos estudos (autodidata) a respeito da depressão e também da farmacologia que estava ingerindo, obtive resultados pessoais impressionantes, posto que, consegui e obtive a vitória em dominar a depressão e mantê-la sob constante domínio. É algo que para muitos pode parecer impossível, mas afirmo - É TOTALMENTE POSSÍVEL DOMINAR A DEPRESSÃO E DEIXAR QUE QUE ELA DOMINE VOCÊ! Digo e afirmo isso por experiência própria. Daí esta minha narrativa. Ao que também chamo atenção. Em nenhum momento negligenciei em tomar os medicamentos nas horas devidas. O ano de 2.007, também transcorreu sem qualquer amargor maior daquele que já havia passado. Ainda sentia o preconceito de meus semelhantes, mas os perdoo, pois o preconceito nasce da ignorância, daí, nasce o meu perdão. Confesso que até me diverte um pouco com o preconceito. Não iria narrar, mas considero tal engraçado que o farei: - Estava na defesa de uma cliente e a parte contrária, ignorante, diga-se de passagem; passou a fazer ligações ameaçadoras para minha cliente e este, não satisfeito, teve a petulância, de vir até meu escritório na tentativa de ameaçar-me, o que também não surtiu qualquer efeito; porém, ele, não se deu por vencido, acabou por me contatar via fone e despejou ameaças absurdas e risíveis; mas o mais interessante de toda está narrativa foi quando eu lhe disse que fazia tratamento psiquiátrico. A sua fala é que foi interessante, pois ele me disse: "O dr. está me ameaçando?" Veja o que é a ignorância e o que faz o preconceito. Era eu que estava sendo ameaçado por ele e quando lhe digo que estava fazendo tratamento psiquiátrico, ele se sentiu ameaçado. É uma pena que não possa nominar o reles ser humano que fez e cometeu tal ato, apesar que, também não é merecedor de crédito algum a sua ignorância humana. Mas, meu tratamento, com está jovem e amável médica foi até o mês de maio de 2.009. Mas isto é passado! Seguirei narrando os acontecimentos e tenham certeza, ficaram surpresos! (Continuarei)           

Um comentário:

  1. Olá Alfredo!

    Obrigado pelo seu depoimento!! Sou Português, tenho 27 anos e estou com depressão há cerca de 2 anos! Ao contrário do Alfredo, percebi logo o que estaria a acontecer devido à minha formação em Psicologia. Não obstante, também eu pesquisei muito e muito acerca da doença e como lidar com ela e sobretudo qual a sua origem.... Neste ponto não tive grande sucesso uma vez que apesar de todos os estudos, a sua génese é ainda muito pouco conhecida.

    O seu texto é como um revisitar ao passado e deverá aproximar-se muito da experiência que o comum deprimido tem ao defrontar-se com esta doença.

    Só me resta agradecer a coragem de contar a sua história e aguardar ansiosamente por novos "capitulos"!

    Obrigado!

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