Páginas

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O inicio de tudo - III

Dando sequencia .... No final de agosto de 1999, a empresa que havia adquirido, me vi obrigado a fechá-la, foi um momento muito triste. Contava com o crescimento daquela empresa comercial, mas por motivos alheios à minha vontade, não foi possível dar continuidade. Mas isto é apenas e tão somente um mero detalhe no começo de minha entrada no inferno terreno que iria entrar de vez! O meu escritório de advocacia até este ponto estava indo muito bem, porém quem não estava bem era eu. Ao simples toque do telefone a irritação tomava conta de todo o meu ser e pior, não sabia o motivo; a simples visão de um Oficial de Justiça que vinha me intimar para audiências ou para tomar conhecimento de algum processo em andamento, me causava um sofrimento imensurável. Atender cliente, mesmo os mais amigos, havia se tornado um verdadeiro calvário, um sofrimento atroz. E o pior de tudo isto é que não  tinha conhecimento do que estava acontecendo à mim e nem o porque, somente sentia que tinha vontade simplesmente de desaparecer, de sumir, de deixar de existir. No meu trabalho, o qual amo de paixão, estava me escorregando pelas mãos, como água, ou como fumaça dispersa ao sabor do vento. Petições (peças jurídicas de abertura de um processo), onde as mais simples, como por exemplo uma ação de separação judicial consensual, que pela prática e experiência, não me custava mais do que quinze a vinte minutos, muitas vezes até menos, não estava conseguindo elaborar referida peça se utilizando do dobro ou até o mesmo o triplo do tempo e mesmo assim, margeava em mim a dúvida sobre a presteza da peça. Desde o começo da carreira de advogado, sempre fui muito rigoroso para comigo mesmo, observando com muito cuidado as manobras judiciais que tinha que tomar a fim de nunca causar prejuízos a meus clientes. Mas do mês de setembro de 1999, a situação começou a ir de mal a pior e neste tempo, ficava olhando ansiosamente para o relógio, a fim de poder fechar o escritório e ir buscar no álcool a paz que desejava encontrar. Quero aqui também esclarecer, que não busquei somente no álcool o tranquilizante que naquele momento acreditava ser o certo, busquei também, ansioso e desesperado ao Mestres dos Mestres, Reis dos Reis, a Nosso Senhor Jesus Cristo; lia e refletia e orava desesperadamente à Deus para que me tirasse daquele inferno em que estava vivendo, e de tanto ler a Bíblia Sagrada, que estava escrevendo sobre ela, o que abandonei mais à frente, mais isso é para ser contado mais à frente....

Nenhum comentário:

Postar um comentário