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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O inicio de tudo - VII

Continuando ... No período de quase seis meses, meu amigo psicólogo, foi me mostrando que somente com o seu auxílio, não seria suficiente para minha recuperação. Afirmou de forma precisa, que não me deixava com qualquer dúvidas. Me pediu para consultar um psiquiatra. Aí, foi que a coisa tomou um vulto maior em minha já abalada mente; já estava um caos e pensava que este seria resolvido com o auxílio de meu amigo, entretanto, este veio me preparando lentamente para o desfecho de que o meu caso necessitava de medicamentos e somente um médico(a) psiquiatra poderia me receitar. Já fazia quase três semanas que ele me dava dicas a respeito do meu verdadeiro estado de saúde mental. Ele já havia conseguido penetrar no âmago da questão e somente estava abrindo espaço para me encaminhar para um médico(a) especializado (todas estas afirmações, somente vim tomar conhecimento, através dele mesmo, tempos depois). O que não me apetecia era a ingestão de medicamentos, não os utilizava nem ao menos quando sentia uma leve dor de cabeça. Detestava ingerir medicamentos, fosse para o que fosse; e ali, estava meu amigo me dizendo que iria necessitar de um (a) psiquiatra afim de iniciar um tratamento, ao que no parecer dele, como psicólogo, estava eu, sofrendo de depressão e que cabia a um (a) médico (a) psiquiatra realizar um diagnóstico mais preciso, a fim de apurar o grau depressivo em que me encontrava. Confesso que naquele dia, senti meu já destroçado mundo esvair-se sob os meus pés. Foi como se um grande tsunami tivesse me que carregado para as profundezas do mar, como se um buraco negro, que atrai para si no espaço cósmico, tudo o que perto dele se achega, face ao sua potência de atração. Não é parodiando a música que fala "...meu mundo caiu..."; mas naquele instante o meu preconceito, o qual havia enfrentado para estar com o meu amigo psicólogo, o qual havia transposto e havia me submetido ao tratamento semanal (duas vezes por semana), estava novamente à minha frente. Agora, com brutal diferença! Não conhecia nenhum amigo (a) médico (a) especializado (a) em psiquiatria. Minha cidade é pequena, à época, não mais que 60.000 mil habitantes, sendo que, o meu nome e minha pessoa era e ainda é muito conhecida no município. E tinha ainda meus clientes, que obviamente não me queriam doente e nem iriam ficar comigo sabendo que estava eu sendo tratado por um (a) médico (a) psiquiatra. Como se diz o velho adágio popular, noticias ruins corre como o fogo! Então, tinhas vários problemas a serem enfrentados. Necessitava cuidar de minha saúde, mas para isso tinha que superar esses grandes obstáculos, essas grandes barreiras; primeiro o meu próprio preconceito, segundo o preconceito das pessoas a minha volta, não posso, infelizmente chamá-las de amigos ou amigas, mas somente de conhecidos e conhecidas, (disto falarei mais a frente - foi outro duro baque, árduo aprendizado) tinha também que exercer a minha profissão, posto que sem trabalhar, não haveria rendimentos financeiros, portanto, afetaria não somente o meu  padrão de vida, mas a vida de minha família; não deseja isso. Outra barreira a enfrentar seriam os medicamentos, pois, sempre fui contra a ingestão dos mesmos e sabia de antemão que seria medicado com psicotrópicos, ou seja, drogas lícitas.   Aqui começa outra fase de minha vida! A fase mais dura e difícil a que fui posto a prova, (apesar, que não gosto muito da expressão de que Deus o está provando, não creio nisso, pois, na minha forma de crer este Deus provador da fé dos pobres mortais, para mim não existe, o que existe para mim e o Deus de Amor, da Paz, da Harmonia, da Força, da Luz e não um Deus que quer castigar a sua criatura) uma prova de fogo, de vida ou de morte. Então por aqui encerro os capítulos "O inicio de tudo" para dar sequencia do acontecimentos que virão a seguir. Continuaremos

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